O furto de combustível e a possibilidade de acidentes em áreas no entorno de tubulações preocupa cada vez mais as autoridades. Com isso, a Petrobras tenta conscientizar a população, alertando sobre os riscos de vazamentos.
Nesta quarta-feira (25), equipes da estatal, da Transpetro e dos órgãos de segurança do governo fizeram uma simulação da ação de uma quadrilha, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
Em diversos pontos da cidade, a tubulação que transporta combustíveis passa por locais próximos das casas a uma profundidade de até dois metros. Por onde passam, os dutos atraem criminosos.
A atividade, chamada de trepanação ou derivação clandestina, pode resultar em acidentes graves. Para furar os canos, os criminosos precisam usar válvulas e mangueiras clandestinas, totalmente inapropriadas, numa operação arriscada. O material inflamável quase sempre vaza e inunda o terreno ao redor, colocando em risco os moradores e contaminando o solo.
Em uma situação de emergência, os bombeiros são os primeiros a conter incêndios. Em seguida, a área é isolada e os moradores são obrigados a sair de casa. Todo o excesso de combustível é retirado e o solo é descontaminado.
Em todo o país, o número de furtos ou tentativas de furtos de combustíveis somaram 261 casos em 2018, número que representa um aumento recorde de mais de 260%, quando comparado com 2016.
O gerente de contingência da Transpetro, Giovani de Almeida, lembra da importância da população ficar atenta e denunciar qualquer ação suspeita. “Se eu tenho um vazamento de gasolina grande, que afetas casas e tudo, ponho em risco a vida das pessoas. Isso a gente não tem dúvida que pode, sim, acontecer até uma catástrofe dependendo da situação, como já aconteceu em outros países.”
Para deixar a população alerta, a Petrobras utiliza sinalizadores que indicam a faixa por onde passam os combustíveis e recomenda que ações criminosas em dutos ou acidentes sejam imediatamente informados pelo número 168 que conecta o morador diretamente a um central da empresa.
*Com informações da repórter Victoria Abel
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