Os conservadores devem retornar ao poder na Áustria depois de uma vitória sólida nas eleições gerais do país neste final de semana. Manchado por um escândalo de corrupção, o partido da Liberdade – de extrema-direita -, perdeu votos e relevância para o governo de Viena.
A dúvida agora é com quem o conservador Sebastian Kurz, o premiê mais jovem da Europa, deve tentar formar seu novo governo.
Na verdade, a votação foi convocada depois que o governo de coalizão entre conservadores e extrema-direita colapsou em maio passado. O então chefe do partido da Liberdade, Heinz-Christian Strache, que foi número dois em Viena, foi gravado negociando contratos públicos com uma mulher que se passava por sobrinha de um oligarca russo.
O escândalo veio a público neste ano e acabou derrubando inclusive o chanceler Sebastian Kurz, que não estava diretamente envolvido no caso. O político de 33 anos de idade conseguiu ampliar sua base eleitoral e conquistou 38% dos votos.
A esquerda registrou mínima histórica, mas manteve o segundo lugar com 21%. Já a extrema-direita despencou, ficando com 17%. Os verdes cresceram significativamente, chegaram a 12% de preferência do eleitorado.
Há expectativa de que Kurz agora recorra a uma coalizão de três frentes, contando com apoio dos verdes e com os liberais democratas.
A votação na Áustria é simbólica para a Europa porque dá algumas indicações políticas significativas para o continente. Depois da Itália, a Áustria é mais um país da região em que a extrema-direita é empurrada para fora do poder. Mas ao contrário de Roma, Madri ou Lisboa, em Viena a esquerda segue desprestigiada enquanto os conservadores dominam o cenário político.
A próxima eleição de peso no continente provavelmente será no Reino Unido – onde ainda é difícil cravar qual lado político sairá vencedor.
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