Após anunciar o menor índice de homicídios da história do Estado de São Paulo, média de 6,25 para cada cem mil habitantes, o governador João Doria foi questionado sobre a letalidade da polícia paulista.
“A redução de letalidade, ela pode acontecer mas não é uma obrigatoriedade. A Polícia de São Paulo tem orientação clara de obediência aos protocolos, tanto na área militar quanto civil, que é de uso progressivo da força. Nós não vamos no uso máximo da progressividade, mas sim no uso progressivo dentro dos protocolos”, explicou.
No primeiro semestre, a polícia esteve envolvida em uma a cada três mortes violentas, com elevação de 11,5% das ocorrências com PMs sobre o mesmo período do ano passado. Até agosto, a Polícia Militar tirou a vida de 506 pessoas no Estado.
“São Paulo tem pela sua dimensão 45 milhões de habitantes, e é o Estado com maior densidade populacional. É o Estado também com maior densidade de presos. E o maior volume também de assaltos, furtos, homicídios ou, pelo menos, tentativas disso. Naturalmente, na proporção, o índice de letalidade é maior.”
A Secretaria da Segurança Pública ressalta que 150 mil vidas foram poupadas com a progressiva redução dos homicídios no estado de São Paulo desde 1999 até 2019.
Porém, a média de homicídios da capital paulista é ainda menor do que a estadual, com 5,4 para cada cem mil habitantes.
Doria colocou o resultado compatível com países desenvolvidos e citou médias maiores nos Estados Unidos, como por exemplo Las Vegas com 12,6; Houston com 11,5; e Chicago com 24,7.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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