sexta-feira, 27 de setembro de 2019

TSE: Bolsonaro não fez disparos em massa no WhatsApp durante campanha; presidente pede punição

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comemorou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proferida nesta quinta-feira (26), que concluiu que não houve disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral do ano passado por parte de sua chapa vencedora. A ação foi movida pelo PT após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Na live semanal que faz pelo Facebook, Bolsonaro criticou tanto o PT como o jornal e pediu punições. “Foi fake news da Folha, que depois deu trabalho ao TSE, mas tinha que ter uma punição para o PT, tinha que ter uma punição para a Folha. Você não pode publicar as coisas… É comum acontecer isso daí”, disse.

Esta foi a primeira live do presidente após o pronunciamento dele na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele rebateu as críticas que classificaram o discurso como “agressivo” ou que teria “isolado o país”, e disse que os presidentes anteriores discursavam apenas para serem aplaudidos, mas sem dizer nada.

Segundo ele, o discurso rompeu tradições. “Realmente nós rompemos tradição, tradição de subserviência. Tradição de complexo de vira-lata. Nós rompemos”, comemorou.

Também participou da transmissão a indígena Ysani Kalapalo, que viajou com Bolsonaro a Nova York para a Assembleia da ONU. Eles voltaram a criticar a repercussão dada às recentes queimadas na Amazônia, dizendo que é da cultura indígena promover pequenas queimadas nessa época.

Kalapalo disse que muitas pessoas, no Brasil e no mundo, não sabem como é a vida do índio e criam ideias falsas. “Aí acaba criando aquela ideologia do índio romantizado, eu costumo dizer. Um índio do século passado, não fala do índio de agora, um índio do século XXI.”

Bolsonaro voltou a rebater chefes de Estado europeus que vêm criticando o governo brasileiro desde as queimadas na Amazônia. Segundo ele, muitos estrangeiros estão interessados na região, de olho na biodiversidade e nos recursos naturais. Kalapalo disse já ter recebido proposta de um estrangeiro que queria comprar um pedaço de terra para ser explorada.

*Com informações do repórter Levy Guimarães 

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