A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (24) cinco suspeitos de torturar um homem no supermercado Extra Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Eles vão ficar presos por 30 dias. Um outro suspeito, Marcelo Fernandes dos Santos, também teve prisão temporária decretada, mas está foragido.
De acordo com a Polícia, o caso ocorreu, provavelmente, no segundo semestre de 2017, mas só veio à tona na semana passada depois que o vídeo das agressões foi compartilhado nas redes sociais. Na gravação é possível ver um homem sendo torturado em uma sala do supermercado porque teria tentado furtar pedaços de carne.
Ele aparece com a calça abaixada, amordaçado com um fio e recebendo choques elétricos. Segundo os delegados que investigam o caso, o homem possui antecedentes criminais pela prática de furtos a supermercados.
Dois dos indiciados, Valdeir do Nascimento Santos, segurança da empresa terceirizada G8, e Emanuel Fernando dos Santos, funcionário do Setor de Prevenção de Perdas do Extra, já foram ouvidos. Eles confessaram participação no crime e deram detalhes das agressões.
Os outros presos Ademir Ferreira dos Santos, Antônio Soares Almeida e Renato Cesar Gali Barbosa devem prestar depoimento ainda nesta quarta-feira.
De acordo com a delegada Roberta Guerra Maransaldi, a sessão de tortura durou cerca de 30 minutos. O delegado Estevão Tirone de Almeida Castro, explicou que os seis acusados foram indiciados por tortura, mas em duas modalidades diferentes: ação e omissão.
O indiciamento por prática de tortura, na modalidade ação, tem pena prevista de até 8 anos. Na modalidade omissão, até 4 anos de prisão.
Em nota, o Extra afirmou que “colaborou ativamente com as investigações para elucidação dos fatos”. Com relação aos citados que ainda possuíam vínculo empregatício, a empresa providenciou que se apresentassem às autoridades e, imediatamente, os demitiu.
O Extra voltou a condenar o caso e disse que continua trabalhando para auxiliar as autoridades no que for necessário.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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