
16 dos 19 países que fazem parte do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) decidiram, nesta segunda-feira (23), ativá-lo para enfrentar a crise na Venezuela. A medida permite a identificação e a aplicação de sanções econômicas e políticas a membros do governo do ditador Nicolás Maduro.
No comunicado, os signatários afirmam que a a decisão busca “favorecer o restabelecimento, sem o uso da força, do Estado de direito e da ordem constitucional e democrática na Venezuela”. O texto, que foi assinado nesta segunda-feira na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), não abre a possibilidade para intervenção militar no país.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, participou do encontro. De acordo com o Itamaraty, a resolução “reconhece a ameaça representada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro à segurança e estabilidade do hemisfério”.
Para o governo brasileiro, a ativação do Tiar, a primeira desde que o tratado de 1947 é ativado desde a Guerra Fria, permite “investigar e levar à Justiça pessoas e entidades do regime de Maduro vinculadas à narco-guerrilha e ao terrorismo, bem como os responsáveis pelo cometimento de graves violações de direitos humanos, corrupção e lavagem de dinheiro”.
O documento também foi assinado por representantes do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Ainda nesta segunda-feira (23), em Nova York, o Grupo de Lima concordou com a adoção de novas sanções e medidas econômicas contra o regime de Maduro. Os membros criticaram a decisão do governo da Venezuela de interromper o diálogo com a oposição e disseram que o uso da força está descartado.
*Com informações da repórter Afonso Marangoni
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